Jerzy Grotowsky

Antes que um actor seja capaz de atingir um acto total, ele tem que cumprir uma série de requisitos, alguns dos quais são tão subtis, tão intangíveis, que se tornam praticamente indefiníveis por palavras. Eles só se tornam simples através da aplicação prática. Este acto não pode existir se o actor estiver mais preocupado com o charme, o sucesso pessoal, aplausos e salário do que com a criação tal como é entendida na sua forma mais elevada. JERZY GROTOWSKY
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18.1.11

Novo espectáculo de TAM em parceria com A TROUXA MOUXA


O Teatro Amador Mondinense/ Trouxa Mouxa exibe nos próximos dias 21, 22, pelas 22 horas e 23 de Janeiro, pelas 16 horas, na Casa da Cultura de Mondim de Basto, a peça “Andam Ladrões Cá em Casa”, de António Pedro, com encenação de Tiago Pires.
Trata-se da segunda peça apresentada pelo recém-criado grupo, que junta várias gerações de mondinenses empenhados em revitalizar as artes cénicas no concelho.
A Câmara Municipal tem vindo a apostar nas actividades desenvolvidas pelos grupos locais como forma de incentivar a sua continuidade, ao mesmo tempo que proporciona à população uma oferta cultural regular, sem encargos financeiros para a autarquia.
Os bilhetes para os espectáculos podem ser adquiridos do número 964717125 ou no próprio dia na bilheteira da Casa da Cultura.

Ficha Técnica e Artística
Elenco:
- D. Júlia (Filomena Rodrigues)
- Joaninha (Sofia Afonso)
- Teles (Cristiano Pereira)
- Ignácio (Rui Reis)
- Major Borges (Gabriel Magalhães)
- Erenestina (Teresa Pires)

Desenho de Luz – Tiago Pires, Cristiano Pereira, Luís Romano
Sonoplastia – Luís Romano
Figurinos – Colectivo
Cenografia – Colectivo
Fotografia – Paulo Mota
Design – Luís Romano

21.11.10

Quem é Tankred Dorst?


Tankred Dorst (nascido em 12 de Dezembro de 1925) é um dramaturgo alemão e contador de histórias. Tankred Dorst vive e trabalha actualmente em Munique. As suas farsas e parábolas são inspirados pelo teatro do absurdo patente nas obras de Ionesco, Giraudoux e Beckett. A sua obra Das Oder Merlin wüste Land, estreada em 1981 em Düsseldorf, tem sido comparada ao Fausto de Goethe. Alguns críticos vêem-na como o primeiro grande drama de 1980.

Biografia

Tankred Dorst nasceu em Sonneberg / Turíngia. Recrutado para o exército alemão quando tinha a idade de 17 anos, foi capturado e encarcerado como prisioneiro de guerra. Até 1947, permaneceu nas mãos dos britânicos e americanos. Passado uns tempos foi libertado do cativeiro e regressou à sua terra natal e família, na antiga Alemanha Ocidental, completando a sua escolaridade. Em 1950 estuda literatura alemã, história da arte e do teatro em Bamberg e Munique. Juntamente com o compositor Guilherme Killmayer fundou o teatro de marionetes Das Kleine Spiel, para a qual ele escreveu suas primeiras peças. Depois de acabar os seus estudos, trabalhou na rádio e cinema. As suas primeiras obras foram realizadas em 1960 em Lübeck, Mannheim e Heidelberg. A partir desta data até hoje, as suas peças foram realizadas em todo o mundo. O trabalho de Tankred Dorst tem sido agraciado com numerosos prémios e distinções, incluindo o Gerhart Hauptmann Prize (1964), Prémio da Cidade de Florença (1970), Prémio de Literatura da Akademie der Bayerische Künste (1983), Prémio Mülheim dramaturgo (1989), Prémio Georg Büchner (1990), ETA Hoffmann Prémio (1996) e a cidade de Zurique, de Max Frisch Prize (1998).

Algumas obras

A Curva (1960)
Toller (1968)
Rotmord (1969, adaptação televisiva de cinema produzido em colaboração com Peter Zadek)
Areia (1971, filme para televisão dirigido por Peter Palitzsch)
Idade do Gelo (1973)
A Villa (1976)
A mãe de Clara (1978, filme para televisão)
Mosch (1980, adaptação para o cinema de televisão)
Merlin ou A Terra Perdida (1981)
João de Ferro (1982, adaptação para o cinema)
Percival (1987)
Cesta (1988)
Carlos (1990)
Mr. Paul (1994)
A lenda do pobre Heinrich (1997)
Kupsch (2001 monólogo)
A Alegria da Vida (2001)
Othoon (2002)

Fotos de ensaio



Aqui vão algumas fotos do ensaio de A CURVA, na sala de ensaios do Teatro de Vila Real.

27.10.10

Nova Produção de A TROUXA MOUXA




Após dois anos de intervalo, A TROUXA MOUXA vai regressar aos palcos. Desta vez, para levar a cena a peça do dramaturgo alemão de Tankred Dorst, "A CURVA", que se encontra já em processo de ensaio. A peça vai ser encenada por Cristiano Pereira e o seu elenco é constituído por Tiago Pires (António), Miguel Soares (Rudolfo) e Ricardo Almeida (Director Geral). A cenografia é da responsabilidade de Radu Konchesko e a sonoplastia de Vítor Hugo Ribeiro.

28.9.10

Recortes da Imprensa


OFITEFA apresenta “Eu, Manuel Inácio, Quero ser Santo!” em Alijó

A Oficina de Teatro de Favaios esteve presente no Teatro Auditório Municipal de Alijó, no dia 11 de Setembro, abrindo a temporada cultural para o ano 2010-2011.
A peça que este grupo amador apresentou no palco de Alijó foi “Eu, Manuel Inácio, Quero ser Santo!”. Trata-se de uma história sobre um concurso realizado nos anos 30 do século XX, promovido pelo Estado Novo, o Concurso da Aldeia Mais Portuguesa de Portugal. Ficcionando o ambiente da altura, coloca em acção personagens características do mundo rural de então, numa comédia de costumes que pretende discutir as formas como se administrava o poder durante a ditadura fascista de Oliveira Salazar.
A peça passa-se em Lamas de Olo, no Alvão, uma das localidades da província de Trás-os-Montes que, juntamente com Alturas do Barroso, defenderam as cores desta região.
Esta comédia, com cerca de 60 minutos, divertiu o público presente no Teatro Auditório de Alijó, sendo o elenco aplaudido de pé, no final da actuação.


Do NOTICIAS DO NORDESTE, chega outra crítica positiva ao trabalho da OFITEFA.

Não há dúvidas de que a OFITEFA (Oficina de Teatro de Favaios) é um dos melhores grupos de teatro amador do nosso país. A última produção da Oficina de Teatro de Favaios faz jus à excelência dos actores que formam o grupo, cuja qualidade de representação ultrapassa, sem dúvida, a de muitos grupos que por aí se arrastam nos palcos com o qualificativo de profissionais. "Eu Manuel Inácio quero ser santo!", a última peça do grupo, que já anda em tournée pela região, centra-se numa abordagem social que recua até ao tempo do salazarismo, recuperando uma temática nunca tratada em teatro: o Concurso da Aldeia Mais Portuguesa de Portugal, promovido pelo Estado Novo na década de 30 do século passado. "Ficcionando o ambiente da altura, coloca em acção personagens características do mundo rural de então, numa comédia de costumes que pretende discutir as formas como se administrava o poder durante a ditadura fascista de Oliveira Salazar. A peça passa-se em Lamas de Olo, no Alvão, uma das localidades da província de Trás-os -Montes, que juntamente com Alturas do Barroso defenderam as cores desta região". "Eu Manuel Inácio quero ser santo!" é uma comédia de costumes da autoria de Ricardo Ferreira de Almeida, que também é o encenador, e resulta de uma colaboração artística realizada entre a OFITEFA e o Grupo de Teatro Trouxa Mouxa.

Fotos da Lagarada



Aqui vão umas fotos, tirada por Paulo Costa na lagarada de Celeirós!

23.5.10

Estreia adiada para dia 5 de Junho


A peça "Eu Manuel Inácio quero ser santo!" foi adiada para dia 5 de Junho, em Favaios. No dia 11 de Junho estaremos no Teatro de Vila Real!

23.3.10

Ensaios a bom ritmo!


Continuam os ensaios em Favaios com a OFITEFA, sempre a bom ritmo! Entretanto, aqui está uma hipótese de cartaz! Aguardem notícias!

Mensagem Dia Mundial do Teatro 2010


O Dia Mundial do Teatro é para nós a ocasião de celebrar o Teatro na
multiplicidade de suas formas. Fonte de divertimento e inspiração, o teatro contém em si a capacidade de unificar as inúmeras populações e culturas que existem pelo mundo. Mas ele representa muito mais do que isso, ao oferecer-nos possibilidades de educação e informação.
O Teatro acontece no mundo inteiro, e não apenas nos seus espaços tradicionais :
os espectáculos podem ser realizados numa pequena aldeia da África, no sopé de uma montanha da Arménia, em uma pequena ilha do Pacífico. Ele não tem necessidade de um espaço e de um público. O teatro possui esse dom de nos fazer rir, de nos fazer chorar, mas ele deve, também, fazer-nos reflectir e reagir.
O teatro é fruto de um trabalho de equipe. São os actores que vemos, mas existe um número espantoso de pessoas escondidas, todas elas tão importantes quanto os primeiros e cujas diferentes e específicas competências permitem a realização do
espectáculo. A eles se deve uma parte de todo o triunfo ou sucesso alcançado.
O dia 27 de Março é a data oficial do Dia Mundial do Teatro. Mas cada dia deveria poder ser considerado, de diversas maneiras, como uma jornada do teatro, pois cabe-nos a responsabilidade de perpetuar esta tradição de divertimento, de educação e de edificação dos públicos, sem os quais não poderíamos existir.



MENSAGEM DE DAME JUDI DENCH
DIA MUNDIAL DO TEATRO 2010

18.1.10

A TROUXA MOUXA colabora com OFITEFA em nova produção



Após um período de interregno forçado, A Trouxa Mouxa vai voltar à produção artística, colaborando com o Ofitefa (Oficina de Teatro de Favaios) na montagem de uma nova peça. Esta tem como título EU, MANUEL INÁCIO, QUERO SER SANTO, da autoria de Ricardo Ferreira de Almeida, que também a vai encenar. A peça EU, MANUEL INÁCIO, QUERO SER SANTO, recupera uma temática nunca abordada em teatro: o Concurso da Aldeia Mais Portuguesa de Portugal, promovido pelo Estado Novo na década de 30 do século passado. Ficcionando o ambiente da altura, coloca em acção personagens características do mundo rural de então, numa comédia de costumes que pretende discutir as formas como se administrava o poder durante a ditadura fascista de Oliveira Salazar. A peça passa-se em Lamas de Olo, no Alvão, uma das localidades da província de Trás os Montes, que juntamente com Alturas do Barroso defenderam as cores desta região. A estreia está prevista para Abril.

19.3.09

Mensagem do Dia Mundial do Teatro 2009

Teatro não pode ser apenas um evento - é forma de vida! Mesmo quando inconscientes, as relações humanas são estruturadas em forma teatral: o uso do espaço, a linguagem do corpo, a escolha das palavras e a modulação das vozes, o confronto de ideias e paixões, tudo que fazemos no palco fazemos sempre em nossas vidas: nós somos teatro!

Não só casamentos e funerais são espectáculos, mas também os rituais quotidianos que, por sua familiaridade, não nos chegam à consciência. Não só pompas, mas também o café da manhã e os bons-dias, tímidos namoros e grandes conflitos passionais, uma sessão do Senado ou uma reunião diplomática – tudo é teatro.
Uma das principais funções da nossa arte é tornar conscientes esses espectáculos da vida diária onde os atores são os próprios espectadores, o palco é a plateia e a plateia, o palco. Somos todos artistas: fazendo teatro, aprendemos a ver aquilo que nos salta aos olhos, mas que somos incapazes de ver, tão habituados estamos apenas a olhar. O que nos é familiar torna-se invisível: fazer teatro, ao contrário, ilumina o palco da nossa vida quotidiana.

Verdade escondida

Em Setembro do ano passado fomos surpreendidos por uma revelação teatral: nós, que pensávamos viver em um mundo seguro, apesar das guerras, genocídios, hecatombes e torturas que aconteciam, sim, mas longe de nós, em países distantes e selvagens, nós vivíamos seguros com nosso dinheiro guardado em um banco respeitável ou nas mãos de um honesto corretor da bolsa quando fomos informados de que esse dinheiro não existia, era virtual, feia ficção de alguns economistas que não eram ficção, nem eram seguros, nem respeitáveis. Tudo não passava de mau teatro com triste enredo, onde poucos ganhavam muito e muitos perdiam tudo. Políticos dos países ricos fecharam-se em reuniões secretas e de lá saíram com soluções mágicas. Nós, vítimas de suas decisões, continuamos espectadores sentados na última fila das galerias.

Vinte anos atrás, eu dirigi Fedra de Racine, no Rio de Janeiro. O cenário era pobre: no chão, peles de vaca; em volta, bambus. Antes de começar o espectáculo, eu dizia aos meus atores: "Agora acabou a ficção que fazemos no dia-a-dia. Quando cruzarem esses bambus, lá no palco, nenhum de vocês tem o direito de mentir. Teatro é a Verdade Escondida".

Vendo o mundo além das aparências, vemos opressores e oprimidos em todas as sociedades, etnias, géneros, classes e castas, vemos o mundo injusto e cruel. Temos a obrigação de inventar outro mundo porque sabemos que outro mundo é possível. Mas cabe a nós construí-lo com nossas mãos entrando em cena, no palco e na vida.

Actores somos todos nós, e cidadão não é aquele que vive em sociedade: é aquele que a transforma!

Augusto Boal

13.5.08

As fotos da peça NÃO HÁ LADRÃO QUE VENHA POR BEM






Aqui estão as fotos do espectáculo que estreou no Teatro de Vila Real nos passados dias 8 e 9 de Maio!

1.5.08

Este fim de semana, A TROUXA MOUXA em Carrazeda de Ansiães



A TROUXA MOUXA gaiteiros estará este fim de semana na V MOSTRA DE SABORES DE CARRAZEDA DE ANSIÃES, iniciativa promovida pela ESCOLA PROFISSIONAL DE ANSIÃES. Entretanto, aqui ficam algumas fotos dos ensaios de NÃO HÁ LADRÃO QUE VENHA POR BEM, que estreia no dia 8 de Maio no Teatro de Vila Real.

27.3.08

Dia Mundial do Teatro 2008

Robert Lepage, actor, encenador e dramaturgo canadiano é o autor da Mensagem para o Dia Mundial do Teatro 2008.

"Existem várias hipóteses sobre as origens do teatro, mas aquela que me interpela mais tem a forma de uma fábula: Uma noite, na alvorada dos tempos, um grupo de homens juntou-se numa pedreira para se aquecer em volta de uma fogueira e para contar histórias. De repente, um deles teve a ideia de se levantar e usar a sua sombra para ilustrar o seu conto. Usando a luz das chamas ele fez aparecer nas paredes da pedreira, personagens maiores que o natural. Deslumbrados, os outros reconheceram por sua vez o forte e o débil, o opressor e o oprimido, o deus e o mortal. Actualmente, a luz dos projectores substituiu a original fogueira ao ar livre, e a maquinaria de cena, as paredes da pedreira. E com todo o respeito por certos puristas, esta fábula lembra-nos que a tecnologia está presente desde os primórdios do teatro e que não deve ser entendida como uma ameaça, mas sim como um elemento unificador. A sobrevivência da arte teatral depende da sua capacidade de se reinventar abraçando novos instrumentos e novas linguagens. Senão, como poderá o teatro continuar a ser testemunha das grandes questões da sua época e promover a compreensão entre povos sem ter, em si mesmo, um espírito de abertura? Como poderá ele orgulhar-se de nos oferecer soluções para os problemas da intolerância, da exclusão e do racismo se, na sua própria prática, resistiu a toda a fusão e integração? Para representar o mundo em toda a sua complexidade, o artista deve propor novas formas e ideias, e confiar na inteligência do espectador, que é capaz de distinguir a silhueta da humanidade neste perpétuo jogo de luz e sombra. É verdade que a brincar demasiado com o fogo, o homem corre o risco de se queimar, mas ganha igualmente a possibilidade de deslumbrar e iluminar."

Robert Lepage